Capitulo, indefinido de um livro que não se sabe de onde realmente veio.

Apresento aqui antes da história a saudade que senti, quando você esteve bem longe de mim.

“Queria ter uma caixa do tempo onde todos os momentos fossem eternos e não etéreos. Queria que os momentos mágicos não fossem embora jamais. Será que a magia sempre acaba? Quero entender porque será que na vida nada permanece igual. Porque você vai embora? Porque eu vou? Será que algum dia vou voltar a encontrar você? Queria encontrar o remédio perfeito para não sentir saudades, saber que a vida nos dá momentos inesquecíveis para guardar. Queria que esses momentos não fossem embora jamais ou poder fazer o tempo voltar para começar de novo. Quero entender porque será que na vida nada permanece igual.”

Foi no dia 23 que o vi pela ultima vez antes do feriado, ainda não tinha me acostumado com a ideia que esse feriado eu não veria o seus olhos e muito menos sentiria o seu cheiro de sabonete. Foi no adeus que pensei na possibilidade de realmente sentir falta daquele que amo tanto.
No dia 24 não senti tanto a sua falta pela manhã, mas por algum motivo ao entrar na hora do almoço meu peito gritou de saudade que talvez quem estivesse passando na rua naquela hora tenha escutado, o grito desesperado de saudade que deu meu coração.
Pensei na possibilidade de ligar para saber se ele já tinha ido, mas quando me dei realmente conta já estava pendura no telefone ouvindo chamar na casa do meu amado. Não me vi nem pegando o numero dele, quanto menos me senti pensar no que fazer, pareceu até que meu músculo involuntário - o coração, tinha movimentado todo o meu corpo a fazer tal coisa.
Bom lá estava ele atendendo o telefone, não sei com que roupa, o jeito do cabelo, se estava com cara de sono e se já tinha almoçado, só sei que a voz era a mesma, aquela que me anima, que me acalma no momento do desespero e me faz sentir segura de novo quando eu acho que estou caindo. E foi desse jeito que me senti antes de ligar, na hora que meu coração gritou bem alto de saudade, me senti caindo e quando escutei a sua voz me senti segura de novo pronta para outra.
Conversamos sobre muitas coisas e também sei que por algum motivo o fim da conversa não foi tão agradável. Então desliguei, talvez zangada.
Fui sair com minhas amigas, me diverti, me machuquei e voltei para casa, tentei por alguns minutos esquecer dele mas parecia inevitável pensar, quase parecia essencial, na verdade tô começando a achar que sim é inevitável pensar e sim também é essencial pensar. Ao voltar para casa sem esperança alguma que ele ainda estivesse em casa ou na internet, entrei no msn e por alguma obra divina ele estava lá. Conversamos mais uma vez, e nos despedimos de novo. Ai como isso doía.
Pensei em sair, me distrai mas acabei dormindo de tanto pensar no que fazer sem ele no fim de semana.
Acordei na madrugada e logo vi seu rosto, não sei como, não faço ideia do motivo mas seu rosto estava ali na minha frente, ou talvez, só na minha memória e por alguma razão não muito logica ele se refletia no meu quarto ao lado da minha cama, sorrindo pra mim. Ai que saudades que senti do meu amor. Suspirei e voltei a dormir.
Acordei na manhã de domingo, dia 25 de outubro de 2009 e com uma sensação de vazio enorme, isso era quase impossível pensei: não estou com fome, que vazio é esse?
Imaginei logo que fosse comida, mas me lembrei do Ti, o vazio era a saudade que estava sentindo.
Resolvi por algum milagre de Deus ligar- normalmente eu evito isso, mas para minha surpresa ninguém atendeu.
Tomei café e decidida a me divertir sem nenhuma interrupção troquei de roupa e sai de presa, fui direto para casa da Helen, conversamos sobre o seu namorado e consequentemente ele surgiu novamente nos meus pensamentos, nos meus assuntos, parecia a fênix, eu matava – no sentido figurado claro, ela linda e feliz ressurgia das cinzas. Dei o meu ataque básico: Ahhhhh sai daqui!
Bom ai a tal da fênix saiu correndo e me deixou respirar aliviada, ou mais ou menos aliviada.
Paulinha ligou, marcamos uma piscina é lá fomos nos, rumo ao infinito de nossa amizade mais uma vez.
Encontramos ela, Sil e Eros no mercado, eles estavam de carro, o estranho foi eu e Helen não caber dentro dele, tivemos que improvisar. Quem quer ir em cima do capô do carro levanta a mão?
Queria me divertir, fui a primeira a subir, logo em seguida Helenzita subiu para me fazer companhia nessa louca aventura. Mais uma experiência de quase morte, quase cai.
Eros acelerou o carro e a Helen gritou de medo, é a minha gargalhada fazia ele sorrir, acelerou mais e mais e em alguns minutos nos encontramos paradas tirando foto em frente a casa, CANIL DOS GIGANTES.
Entramos, e logo pulamos na piscina e mais fotos e fotos. Eros se sentiu o paparazzi da PlayBoy, também quatro mulheres semi nuas. Foi ilário.
Resolvi então pular de novo na piscina e como de costume me distrai, só que desta vez no meio do pulo e adivinha? Entrou água no meu ouvido e fiquei surda.
Ahhhh Tiago só para constar que tudo é culpa sua, pensar em você é pior do que brincar com o fogo e acabar queimada, você pode escolher se vai brincar e se queimar, já no meu caso eu não escolho se vou pensar e acabo me machucando sem querer.
Resolvi então depois de cair na piscina, subir no telhado para tirar uma foto. Eu sei, acho que depois de andar no capô do carro essa foi a ideia mais idiota do dia, mas só descobri isso depois que ...
... aff, depois que cai, minha sorte que não cai lá embaixo e só sentada na telha que esta por sinal fervendo de quente. Foi gargalhada para tudo quanto é lado, descobri que sou um desastre sem o Ti, e mais uma vez a fênix ressurgiu e dessa vez ela veio cheia de força.
Então fui embora, cansei de lutar contra tanta saudade.
Cheguei desesperada para ligar, para ouvir a voz dele, para saber se tudo estava bem mais uma vez o telefone de Arraial tocou e tocou e ninguém atendeu.
Fiquei triste.
Fui tomar banho, era dia de culto. Antes de ir a igreja liguei de novo e mais uma vez só chamou. Fui para igreja, louvei, orei, assisti a pregação, ri com os meus amigos, ouvi os lamentos de outros, fui na tia Dilma com a Tati e com a Michele, comi um hamburger e fui para casa, olhei o telefone e por algum orgulho idiota não liguei de novo, entrei por alguns minutos insignificantes na internet olhei todos os recados que eu tinha deixado para ele, que saudade, e só uma resposta, perguntava se lembrava dele e que ele sentia saudades também e no fim saiu um eu te amo, desliguei o pc e fui ora.
Tive pensamentos idiotas, quis terminar não achei que valia apena sofrer de saudade, nunca precisei disso, ai chorei, a saudade gritou desesperada precisando dele.
Achei por algum momento que isso tudo era loucura, que amar não é sofrer e por outro coloquei a cabeça no lugar e sorri quando pensei que seria pior terminar por saudade. Que idiota!
Mesmo chorando, com saudade, me sentindo sozinha sabia que ele ia voltar e que por algum milagre ele também sentia falta de mim. Então adormeci pensando no sorriso mais bobo do mundo.
Sonhei todas as noites com ele e na madrugada de domingo para segunda foi pior, eu acabava acordando de um sonho pro outro, foi a noite mais longa da minha vida, pelo menos eu achava isso.
Segunda-feira dia 26 de outubro de 2009, acordei com a cara muito enxada, não lembrava bem o que tinha acontecido na madrugada, se tinha chorado muito mas era o que parecia, lavei o rosto, tomei café e falei com a Helen, ela já estava no Rio e pelo tempo que eu via através da janela não iriamos sair para ir a pedra do Silvado.
Entrei na internet e mais uma vez fui olhar o recadinho curtinho e muito significativo dele. Ai! Gritei de raiva, era enorme a saudade que eu tinha das suas idiotices.
A minha segunda feira foi assim passando devagar, dormia, acordava. Tentava não lembrar mas tudo que fazia era pensando em querer vê-lo, estava difícil suportar a sua ausência.
Fui a aula na faculdade, assisti a reunião do 3º número do jornal e meus olhos fitavam sempre as entradas, pensamentos de que ele pudesse entrar a qualquer momento vinha e eu logo os afastava, não queria sofrer mais, sabia que só o encontraria na terça.
No meio do caminho para a sala resolvi ir embora, estava com febre e me sentido muito mal, talvez a tristeza tenha virado um caso de doença emocional.
Vim em direção a quem vai para minha casa mas tomei um rumo meio diferente, conhecido já pelos meus passos, a casa da minha amiga Ana Paula. Conversei sobre a minha saudade tentei por para fora tudo que estava me fazendo mal, começo a chover então fui lavar a alma caminhando pelas ruas ate chegar em casa, tomei vários atalhos para fazer demorar a minha chegada em casa, mais por fim cheguei, entrei e fui direto para o quarto ligar o computador e dar uma olhada para ver se ele estava por ali, mas nada tudo vazio, nada da sua presença tudo era calmo e sem forma, ah sem cor também.
Talvez isso pareça radical ou até mesmo infantil, nunca também acreditei nessas coisas de que o amor deixa tudo mais colorido e bonito, mas “nunca” se tornou uma palavra muito forte depois que conheci o Tiago, tudo de verdade se tornou mais bonito, mais colorido e mais especial. Olhei o mundo tanto da minha forma que esqueci de aprender a olhar com os olhares alheios e agora tenho tentado recuperar o tempo perdido e fico olhando o mundo através dos olhos mais lindos desse mundo.
Fui dormi mais antes orei agradecendo mais uma vez pelas coisas boas e pelas coisas ruins também, afinal de contas tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus e eu? Bom eu amo muito.
Desmaiei de sono.
Acordei na terça diferente dos outros dias que passei como se fossem dias longos de tortura, acordei pronta para vê-lo eu precisava tomar a minha dose dele.

[...] continua [...]

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